Última Carta

Não permita, Deus, que eu morra

Sem ver passar na lagoa

A bandeira da vitória

Hasteando minha glória

Numa pequena canoa.

Ver a imensidão do espaço

No dourado sol nascente

Ver esse brilho encantado

Iluminar meu reinado

Que é a alma boa da gente.

Não permita, Deus, que eu morra

Sem dizer o último adeus

E que quando então me for

Que floresça seu amor

No brilho dos olhos meus.

Que eu tenha por cruz a fé

Que eu viva pela bondade

Tendo sua gentileza

Que é nossa maior grandeza

Num mundo sem caridade.

E, por fim, Deus, que eu não morra

Sem abraçar meus amores

Que lembrem do meu sorriso

Enxergando o paraíso

Na triste rama de flores.

13 de outubro de 2014.

Fabio Los Santos
Enviado por Fabio Los Santos em 14/10/2014
Reeditado em 14/02/2024
Código do texto: T4999009
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