Sem Instituições

Minha religião é minha consciência

Meu corpo o templo do Espírito Santo

Peço a Deus para que nos momentos de dormência

Eu lembre de como sou abençoada e de como Ele já enxugou meu pranto!

Desprendi das pedras verticais

Rompi em pensamentos

Desvencilhei meus olhos de hipócritas valores morais

Que não condiziam com um conjunto de lamentos

Deixei as vestes puritanas

Furei a pele alva para marcar admiração

Limpei minha mente murada sem enchê-la de sujeiras mundanas

Pois Deus é o único caminho para a minha salvação

De resto tenho lembranças

De quando cantava e ao Céu esbravejava

Da chuva no vidro e a contagem de finanças

Que não condiziam com o Céu que eu naquele tempo almejava