PAI-MÃE

Pai-Mãe, respiração e ar da vida,

Até que a ilusão se desfaça em pó

Na frialdade deste vale sombrio

E a verdade se faça enfim conhecida

Em outra dimensão da existência,

Resistirei, até o fim, com paciência,

À semelhança do profeta Jó,

Ao ímpeto deste mar bravio,

Porque sei, no íntimo, que a espera,

Que seja cinzenta e demorada ainda,

Será recompensada pela vinda

De um eterno céu de primavera.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 25/06/2015
Reeditado em 16/08/2015
Código do texto: T5289463
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