JAZIGO QUE A MIM ESPERAS

Jazigo que a mim esperas,

Oh morada derradeira,

Sinto o fim das primaveras,

Desta vida passageira.

Que em paz descanse este corpo

Que a terra há de consumir

Voltando a ser o que eu era

Antes mesmo de existir.

Que minha alma encontre a paz,

No caminho e na chegada,

De volta a sua origem

Onde hoje é esperada.

E o corpo físico que agora,

Animado mostra vida

Só restará a memória

E logo será esquecida.

Abrigo dos sempre só,

Jazigo da solidão

Aprisionarás meu corpo

Mas tudo isso é em vão

Jazigo que a mim esperas

És justiça infalível

Abrigas o miserável

E o suposto indestrutível

Se, vou agora, ou não

Cumprir a minha sentença,

Cumprirei da mesma forma

Pra mim não faz diferença

Jazigo que a mim esperas,

Oh morada derradeira,

Sinto o fim das primaveras,

Desta vida passageira!

Aristóteles Lima
Enviado por Aristóteles Lima em 07/09/2015
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