O anjo humanizado

Um anjo níveo e pálido

Caminha descalço

Pois um dia alguém lhe disse

Que humanos precisam

Manter os pés no chão...

Ele caminha, então

Desprotegido, pois tem asas

Que não pode usar

Se quiser se humanizar

O anjo ganhou o medo das alturas

E seus pés se ferem nas pedras duras

Mas sua maior pena

São as penas caídas

De suas asas reprimidas

Que já não lhe servem mais

Perdido e ferido, nenhum caminho é seu

Espera “a penas” algum dia

Dormir o Eterno Sono

Para então ser anjo de novo.

Talipaula
Enviado por Talipaula em 03/08/2016
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