APOSTASIA

Morri na agonia do meu suspiro último

Mergulhei na vastidão do desconhecido

Igual a quem sara o peito tão corroído

E deixa toda a dor de lado para dançar

Morri, e parado ali, suspenso em pleno ar

Vi um vulto tomando forma ao meu redor

E a paz que me preenchia, cada vez maior

Me elevava até a mais completa serenidade

Porém, o que vi provocou a minha vaidade

Vi a cara de Deus, e acredite quem quiser,

Era um rosto de uma mulher que me falava

Era a dona do útero que pariu a humanidade

A Mãe Terra! E eu, em minha singela vaidade,

Escarrei na cara daquela que me abraçava!

Neto Henrique
Enviado por Neto Henrique em 09/11/2017
Código do texto: T6167203
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