Fada Madrinha

Fada Madrinha

Quisera ter uma fada madrinha. Não para me dar presentes, nem tampouco me conceder os desejos de um conto de fadas. Mas para me conduzir ao bem comum.

Quisera ter uma fada para me dizer palavras que, juntas me façam ver o que não está tão claro. Palavras que me mostrem falhas nas minhas convicções.

Quisera ter uma fada que me mostrasse os desvios de conduta, de interpretações erradas, a tempo de se fazer corrigir qualquer injustiça por julgamentos precoces ou incorretos que eu viesse a cometer.

Quisera eu ter uma fada em constante estado de alerta para me “cutucar” sempre que eu, inadvertidamente, impulsivamente, tomasse atitudes que promovam sentimentos de tristeza, decepção, frustração ou mágoa às pessoas que tanto amo.

Quisera eu lembrar que essa fada tão sonhada já existe. Basta exercê-la através de consensos, de diálogos, do ato de ouvir, de compreender, de ver pela outra janela. Não que isso não seja feito, mas talvez precise com ser com mais constância. É nesse ponto que te quero de verdade, minha fada! Me mostre, me aponte, me avise, “sopre” em meus ouvidos o momento certo, o discernimento. Quero crescer, evoluir, ser gente de bem.

Mírian da Glória Alves
Enviado por Mírian da Glória Alves em 12/09/2007
Código do texto: T649168