Morte

Morte

Quem sois vós oh! morte, que me espreita a vida?

Acaso te interessas pela colheita havida

Se ousas espreitar, a sementeira é pródiga

Não açoitei o ar na caminhada amiga

Quem sois vós oh! morte que me observas?

Acaso te preocupas em ver-me sem reservas

Estou aqui cumprindo tarefa sublimada

Em nome do Senhor que deu-me esta empreitada

Quem sois vós oh! morte, que esperas paciente?

Que esta jornada encerre opaca ou reluzente

Quem sois vós que causa tétrica impressão

Será o pólo oposto de toda criação?

Quem sois vós oh! morte, ousada criatura

Sois o oposto à luz, da sombra és figura

Já não me importo que estejas a espreitar-me

Pois Deus criou a vida e Ele há de ceifar

Neno

08/04/1998

Enio Beniamino dos Santos
Enviado por Enio Beniamino dos Santos em 08/10/2007
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