Onírico

Que meus sonhos alimentem não somente minha cabeça

Que meu corpo seja resultado deles

Perco-me em sonhos, às vezes

E às vezes meu corpo perde-se de mim

Vago por linhas tortas e retas curvas

Onde acabo por me encontrar nessa virtude de ser realidade

A mistura se incorpora e me deixo levar

Por lagos rios e luas

Ahhh, eu preciso voar, tocar num disco voador

Ser geleira escorregadia, ser vulcão expelindo flores

Não me acanho de ir ao mais frio de mim e mergulhar no meu mais quente que faz derreter

E sonho do início da noite ao amanhecer...

Que eles tenham a dimensão do arpoador

Pescar o mundo ao contrário

Rios acima e fogos a baixo

Labaredas e correntezas

Cabeças emoções e certezas

No limite irei prosseguir nessa destreza de ser sonhador

Sorrisos e dores, olhares de soslaios e complementos corajosos de amores...

Minha cabeça é um dom

Lunares e mares de Marte num semblante

Arrebatador

Emmanuel Almeida
Enviado por Emmanuel Almeida em 15/04/2020
Código do texto: T6917870
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