A Cruz

A Cruz

Há muitas cruzes fincadas à margem de estradas

São toscas, nem têm a beleza das cruzes da vereda.

Cruzes mal preparadas e sem pedestal

Lembram apenas a marca deixada pelo mortal.

No topo da colina,

Vejo uma cruz,

Solitária,

Vive na orla do além.

É uma cruz solitária que conversa com alguém

De braços abertos... erguida... de pé...

Onde bela mulher se esconde

Não quer ser vista por ninguém...

Apenas a cruz com ela dialoga, lhe dá ouvidos

E com terna emoção,

deixa ave que voa pousar,

A bela mulher assentada sobre pedra no chão

Espera ansiosa pelo homem,

que por ali sempre passa.

E quando ele passa lhe tira o chapéu,

Parece que vem visitar a mulher

E vê aquele belo vulto branco

Abrindo em sorriso

e uma lágrima correndo pelas faces.

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 01/02/2008
Código do texto: T842292