O RAPTO DE MARGARETH - (O delírio de Charles)

Charles revolvia-se em sua cama, tendo um terrível pesadelo. E desesperadamente ele apalpava os lençóis da cama, tentando encontrar sua companheira. Virando-se de um lado para o outro, aquele homem estava entre o sonho e a realidade, sentindo grande aflição ele gritava:

- “Margareth!”

- “Margareth!”

O desespero de Charles aumentava ainda mais, à medida que ele se espalhava em sua cama, jogando no chão os travesseiros, e desforrando todo o seu colchão. Ele estava tendo um delírio, pois um grande pavor apoderava-se de sua alma durante aquela madrugada.

Depois de muito alvoroço, Charles, caindo da cama, “acordou”!

O seu olhar estava apreensivo, e profundamente assustado. Ao levantar-se do chão, bastante “ofegante”, e “suado”, ele pensava ter tido uma espécie de aviso, ou uma visão.

Caminhando até o banheiro, com seu corpo trêmulo, ele foi lavar o rosto, que de pavor estava pálido. E ao se aproximar do espelho, notou que seus olhos estavam avermelhados, e cheios de lágrimas. O que Charles não esperava, era a triste notícia que estaria por vir.

O seu pesadelo era mesmo um aviso, uma mensagem que veio a ele de maneira perturbadora, roubando-lhe o sono, e deixando-o totalmente confuso e cheio de temor.

Ele teve visões assustadoras, inefáveis, e indescritíveis. Depois daquele grande transtorno, a sua vida nunca mais seria a mesma.

Margareth, sua fiel companheira, havia desaparecido de repente, sem deixar rastros, ou qualquer pista que levasse Charles ao seu encontro. As portas estavam fechadas, e todas as janelas trancadas. Lá fora, notava-se um misterioso silêncio, que deixava aquele cenário ainda mais sombrio e assustador.

Cheio de interrogações em sua mente. Levando as mãos á cabeça, ele chorava aos soluços descompassados, andando de um lado para o outro, á procura de Margareth, a sua amada. Ele investigava cada cômodo, pois queria ter uma resposta concreta, supondo que encontraria sua esposa desmaiada em algum lugar da casa.

O relógio, naquela madrugada estranha, marcava três e quinze. Nesse momento, Charles abre uma garrafa de whisky, tentando controlar seus nervos, pois estavam bastante agitados. Ele estava pálido. Após algumas doses, em sua sala, sentado no canto do sofá, Charles lembrou-se que, na noite passada, momentos antes de eles dormirem, sua esposa havia comentado a respeito das grandes tragédias, apresentadas pelos noticiários da TV, nestes últimos dias.

Ela chegou a dizer que - os terremotos, as enchentes, as mudanças climáticas, os tsunamis, os furacões, as catástrofes, os tremores de terra, a violência nas cidades, a pedofilia, a crise financeira, os ataques terroristas, como os do ‘World Trade Center’, que deixaram o mundo em desespero – todos estes acontecimentos eram sinais que estavam ligados ao livro do Apocalipse, escrito na Ilha de Patmos, pelo apóstolo João – o discípulo amado.

Margareth não tinha formação acadêmica, porém, Assim, com toda sua humildade, explicava-lhe sobre o cumprimento de antigas profecias, escritas na Bíblia Sagrada, há mais de dois mil anos.

Entre um gole e outro, Charles chorava amargamente, relembrando as palavras de sua companheira que, por várias vezes, lhe falou sobre o amor de Jesus Cristo, porém, ele, seguro de suas “convicções”, nunca se deixou levar pelos discursos de Margareth, uma simples atendente de lanchonete, que sempre se reunia aos domingos pela manhã, com seus irmãos, todos fiéis, de uma comunidade cristã.

Dono de uma vasta biblioteca, possuindo uma infinidade de livros que contrariavam a fé de sua esposa, Charles, cheio de filosofias, confiando em seus próprios conhecimentos científicos, e em suas formações acadêmicas, nunca deu valor ás Sagradas Escrituras, pois ele era um “ateu confesso”. Para ele, um homem culto, um filósofo dado á razão, tais escritos eram “fábulas” e “lendas”, que eram transmitidas de pai para filho durante vários séculos, de geração á geração.

Por várias vezes ele afirmou ser Jesus apenas um “mito”, um personagem do folclore judaico, que apareceu na história para conquistar pescadores ignorantes, prometendo-lhes vida eterna.

Para Charles, sua esposa sempre esteve enganada pelo pastor de sua igreja, que sempre lia na Bíblia, trechos sobre o “RAPTO de SERES HUMANOS” - um evento que seria marcado pelo desaparecimento de milhares de pessoas, de diversas partes do mundo, ao mesmo tempo. Algo incompreensível pela mente humana.

Ainda sem resposta, nervoso e perturbado, Charles resolve pegar a Bíblia de sua esposa. Ele resolveu deixar de lado todo o seu orgulho, e assim, folheava as Escrituras Sagradas, a fim de encontrar nelas uma resposta que acalmasse o seu coração, pondo um fim ás suas dúvidas e inquietações.

As horas se avançavam, e ele, ainda trêmulo, procurava uma mensagem que lhe explicasse melhor o que havia acontecido com sua amada esposa. Ele queria decifrar aquele “enigma”.

O sono havia passado, e assim, Charles lia atentamente o capítulo dezessete do livro de São Lucas. Havia em seu coração uma guerra, pois ele sempre desprezara aquele livro, e jamais imaginara que um dia fosse recorrer a ele, para encontrar respostas.

Com seus olhos, já bastante cansados, e suas pálpebras inchadas de tanto chorar, Charles se depara com um pequeno versículo naquela Bíblia, antes por ele desprezada. Era um alerta do Senhor Jesus sobre a sua segunda vinda. Eis o texto sagrado que deixara Charles perplexo:

...Naquele dia, quem estiver no eirado, tendo os seus bens em casa, não desça para tirá-los; e, da mesma sorte, o que estiver no campo, não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló.

Qualquer que procurar preservar a sua vida perdê-la-á, e qualquer que a perder, conservá-la-á. Digo-vos: Naquela noite estarão dois numa cama; um será tomado, e o outro será deixado...

Lucas 17:26-34

“O Rapto de Margareth – o delírio de Charles” é um conto fictício, porém, a segunda vinda de Jesus é real!

Prepare-se!

Jesus está voltando!

© JUNIOR OMNI - 2009

JUNIOR OMNI
Enviado por JUNIOR OMNI em 05/10/2009
Reeditado em 08/10/2009
Código do texto: T1849515
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