Oásis

Quando a noite cair

Neste outono cinzento, desnudo,

Minha voz no espaço sumirá

Sem trazer eco nem sussurros!

O silênio dominará o escuro,

As luzes serão líquidos,

A passagem no momento ficará

A mercê das trevas, sem brilho...

Os passos caminharão sem trilho

Nesse aluvião deserto infinito...

As lágrimas não serão gotas d'água,

Mas enxurradas de pântanos temidos!

Os abraços ficarão desunidos,

Sem a esperança do dia futuro...

O amor forte partirá no tempo

E corações sensíveis saberão de tudo!

Quem viver verá o mundo

Em situação deveras penitente,

Mas nada poderão fazer, pois,

Os corpos estarão dormentes!

Nem tudo estará perdido, entrementes,

Emergirá da escuridão um adeus...

Em breves olhares veremos de fato

Um corpo bonito que será o de Deus!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 18/10/2009
Código do texto: T1873332
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