Elegia a Mim Mesmo

Sou só uma alma cansada.

Não vejo, não sinto ou penso...

Por que tudo é tão triste?

Só não quero mais chorar;

Eu não quero mais sofrer,

Mas não há fôlego ou força.

E com força derradeira,

Cai a derradeira lágrima,

Meu esforço fraco e último

Para suprimir a angústia,

Que sufoca e que mata

Minha própria alma triste.

Por que te abates em mim?

Alma desesperançada!

Te esquecestes quem tu és

E de quem te faz sorrir?

Espera em Deus ainda.

Oh, pobre alma faminta!

Tua fome e sede de paz

Será ainda saciada.

Descansa e crê somente...

Espera em Deus ainda.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 07/11/2009
Reeditado em 07/11/2009
Código do texto: T1910245
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