O Bem da Graça

Meu sorriso é indiferente,

Nasça azul ou nasça agreste.

Sou alegre, sou fremente,

Que o meu sestro isso ateste.

Meu sorriso não será

Tão somente ausentes trevas,

Ele em mim se mostrará

Emanando luz, deveras.

Ínfimo primor terei!

Último serei, portanto.

Seja eu um servo santo e

Lâmpada me seja a lei.

Inda florescer não venha

Árvores, figueiras, vide,

Tudo que foi bom retenha-se;

Onde for, alegre ide.

Caminhando nesta luz,

Eu me rendo ao bem da graça

Que me trouxe aquela cruz:

Via santa à toda raça.

Exultai, vós, povos todos...

O castigo, o preço pago.

Alegria... limpos somos...

Doce ao um preço tão amargo.

//A métrica está certa... Me vali de recurso de elisão entre dois versos.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 15/01/2010
Reeditado em 15/01/2010
Código do texto: T2030919
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