Vilipêndio de Sophia

Sophia é musa bela,

sem parâmetro algum,

andeja alheia à nobreza,

à alegria ou tristeza,

até entre o povo comum.

Qualquer pano veste bem,

elegância tá na veia,

até a salva singela,

é enobrecida por ela,

e no fundo, nem é feia.

Sangra às vezes sim,

ante insensato toque,

ao vermos disparar canhão,

aqueles cuja aptidão,

ainda é pra bodoque.

Claro que a mãe coruja,

tem “noções” de formosura,

vilipêndio à Santa luz,

por apelidarem de cruz,

as suas sendas escuras.

Diante desses algozes,

o dano não é pequeno,

profanam o Sacerdote,

escrevendo “mel” no pote,

que Ele escrevera, “veneno.”

O desprezo da instrução,

é sopro que vence a chama,

o cão de volta ao vômito,

vivo o cavalo indômito,

a porca lavada, voltando à lama…

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 15/07/2011
Reeditado em 24/01/2021
Código do texto: T3096675
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