Nesta altura não sei meu destino
NESTA ALTURA, NÃO SEI...
Iran D i Valença
Neste altura, não sei para aonde vou
Muito menos para onde estou indo.
O certo mesmo é que aqui eu não fico,
Porque meu espírito breve vai viajar,
Seguindo para o etéreo infindo.
Nos muitos anos no espaço ocupando,
Não consegui aprender sobre esse destino,
Nem entender porque o espaço se ocupa:
Se é para se existir ou se é para se viver,
Em redenção, ou acumular desatino.
Em ambos eventos da vida,
Não consegui no espaço testemunhar:
Se é para algo nele fazer ou só pra existir,
Se é para se fazer, é para do feito se gozar,
Se pra existir, é se eximir e deixar a vida rolar.
Particularmente, gozasse de livre arbítrio,
Até que aprovaria ambas opções.
Claro, com algumas restrições, como:
A dor pra nele entrar e o modo de sair,
O isolamento do espírito/matéria
Sofrendo para entrar e para sair,
Seguindo destinos diferentes, sem opção.
O dilema deste filosofo: “ser ou não ser?”
Se viver no espaço é aflição, provação,
Se existir é, por outro lado, redenção,
Cadê o nosso livre arbítrio proclamado?
Deus o concedeu-nos como opção?