Sossegai

Mestre! O mar se revolta

E as ondas nos dão pavor!

O Céu se reveste de trevas;

Não temos um salvador!

Não se Te dá que morramos?

Pode assim dormir

Quando a cada momento nos vemos

Já prestes a submergir?

As ondas atendem ao Meu mandar. Sossegai!

E, seja o encapelado mar,

A ira dos homens, ou gênio do mal,

Tais águas não podem a nau tragar

Que leva o Senhor, Rei do céu e mar,

Pois todos ouvem o Meu mandar.

Sossegai! Sossegai!

Convosco estou para vos salvar.

Paz! Paz gozai!

Mestre! Tão grande tristeza

Me quer hoje consumir!

A dor que perturba minha alma

Te implora: “Vem-me acudir!”

De ondas do mal que me encobrem

Quem me virá valer?

Oh! Não tardes, não tardes, ó Mestre

Estou quase a perecer!

Mestre! Chegou a bonança!

Em paz vejo o céu e o mar

O meu coração goza calma

Que não poderá findar.

Fica ao meu lado, bom Mestre,

Dono da terra e céu,

E contigo eu irei bem seguro

Ao porto, destino meu.

Autor desconhecido.

Silvio Dutra Alves
Enviado por Silvio Dutra Alves em 07/11/2013
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