Oração da Escravidão






O silêncio é tão profundo que confundo com essa fuga obrigatória,
O que seria de mim não fosse a escrita revista por Teus Olhos que muitas vezes só observa nada fala,
Ou quem sabe de tão perdida não consigo Te escutar,
A quietude que pedi alcancei, mas não descansei,
O mundo inquieta, mas não pensei ir atrás de cavernas,
De esconderijos para esconder de mim o grito que pede movimento,
Parece que tudo virou um lamento nessa noite,
Só escuto uma voz rouca falando da noite obscura que passei,
Do ficar tateando Tua Presença,
De buscar histórias antigas uma das quais pensei que Teu silêncio fosse me matar,
Percebi que foi quando mais falastes.
As minhas inquietações me deixam surda,
Só que mais profunda,
Enxergo mais quando minha busca por Ti é desesperada,
E na desenfreada batalha da vida, vejo que o Caminho pode ser árduo,
Sofrido, preciso, ardido, mas tenho que andar,
Mesmo deixando tantos sonhos despedaçados para trás que mais parecem um capataz me dando ordens.
Quero flores ainda em vida,
Quero tocar a canção não esquecida,
Quero Teus sonhos,
Quero uma História bonita,
O amanhecer festivo da Tua Presença em mim,
A esperança que lateja, e assim seja, até que meu sonho seja realizado.
Há um dia florido, uma Voz rouca dentro de mim que deseja cantar,
Atravessar as tantas dores,
Os olhos reprovadores,
Os vapores da incredulidade,
A fraqueza que quer tragar o gole de água Cristalina,
Não tenho sina, tenho um sonho sonhado por Ti meu DEUS,
Que seja realizado com a força dessa Voz rouca que sonhei, sonho,
E quase louca, repete a Ti, em oração,
A libertação da escravidão de mim mesma.



 
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 25/01/2015
Reeditado em 27/01/2021
Código do texto: T5113326
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