O APRENDIZ DA CRUZ
Não vai...
Não foi...
Não fui...
Não vi...
Não senti e não vivi...
Não achei e não amei,
Não decidi e não mudei.
Perdi...
Minh'alma me encheu de vontade de felicidade,
Qu'eu não encontrei até então na idade,
Na flor da imoralidade,
De toda irresponsabilidade,
Em plena cidade esburacada do meu coração;
Minha vida fora sempre ferida;
Na entrada e na saida;
Da nobre natação sem pódio;
Se afogando em pleno odio;
Entre a sanidade e a razão, por que não ?
Eu parei e errei,
Mas nadei.
Nadei sempre na contramão.
Ate que no fundo do naufrágio,
Me acabei e encontrei o topo do abismo;
Um pressagio solitario e sinistro;
Mas de cair não era hora, ainda nao!
Do topo do abismo, fui levado ao céu e além;
Guiado pela estrela de belém;
Avistei a luz;
Aceitei jesus;
E logo me transformei, amém!
No aprendiz daquela cruz.