Poesia Moderna

Poesia Moderna

Neste tempo magnífico

Da cibernética e da informática,

Quando tudo é específico

E todo louvor é dado à prática.

Ao incauto parece mágica

Que extrapola a toda lógica,

Pois em tributo à super técnica

O homem dobra-se à robótica.

A sociedade fica estática

Frente a um mundo enigmático

E surpreendente tácita assiste,

Assiste ao antifilosófico.

Os céus de então já são arcaicos,

Os anjos, seres antiquados.

De Deus se diz: está calado,

Desfaleceu o “ser despótico”.

Deus, esse ser romantizado

Que desde os arcanos da fonética

Jaz na história do aramaico,

È uma ideia desconexa.

Mas da expressão de toda prédica

Que o cristão expõe aos seus convivas,

Falada em pequena impedância,

Ou em decibéis de super milhas.

Fica gravada na memória

Do CPU celestial

Que nada perde da história,

Que arquiva pra processar.

Processo aberto e inerrante

Que ouve o que diz e analisa

O estável ou instável, ao errante,

Ao néscio e ao especialista.

E em dia que não se conhece,

Dia que fez o Senhor.

De novo se verá o que difere

Servir a Deus com amor.

Será o que serve, riquezas

No tesouro paternal

E governará com presteza

No aion da vida eternal.

É verdade escatológica

Superior à informática.

Inacessível à toda lógica,

Ao natural, enigmática.

Não é algo virtual,

Mas requer virtude e amor.

É vida espiritual,

É graça do Salvador.