O HOmem não entenderá.

Em minha tristeza, desfaleço.

Sinto-me sozinho.

Sinto meu barco quase naufragando.

Apavoro-me.

Fico tenso e quase em desespero.

Acho que desta vez é o fim.

O fim da minha vida.

O fim da minha fé.

O fim da esperança em Deus.

Nestes momentos negros.

Não tenho forças em mim.

Acho que vou perecer em trevas e sem forças.

Sinto-me abandonado por todos.

Prostro-me como se não houvesse uma saída.

Como se não houvesse.

Mas existe um Deus,

Cuja glória enche os céus.

E também a terra.

Ele é grande, tão grande!

Mas é pequeno o suficiente para se chegar a mim.

Falar comigo no meu profundo desespero.

Há no verbo de Deus misericórdia e salvação.

Ele tem nas mãos a saída,

A solução para os problemas da vida.

Em Deus sempre há um escape,

Uma esperança,

Um rumo.

Já não me sinto só.

Sinto o cuidado especial de Deus.

A meiga voz que acalma a tempestade.

Fala suave aos meus ouvidos.

Naquelas horas que o humano tenta me ajudar.

Tenta, mas não sabe como.

É só Deus através do consolador.

Que fica conosco para sempre.

Que não só fala calmamente, mas me faz vislumbrar,

O amanhecer de um novo dia cheio de esperança.

Esperança de Deus, o Deus da Esperança.

No meu desassossego ele traz paz para mim,

Ministra ao meu coração.

E tira as dores,

Curando as feridas,

Limpando a alma,

Quebrando as cadeias que me prendem.

Trazendo salvação pela morte de cruz.

O Redentor de Jó que está vivo,

Também é meu Redentor.

Ele ressuscitou e vive.

E o melhor não desampara os seus.

Ele faz o que ninguém faz.

Não importa a dor, o problema, a condição social ou física.

Ele está sempre pronto a socorrer.

Ele é amor, só amor, puro amor.

Amor que o ser humano na sua inteligência.

Jamais entenderá tão grande mistério.

Por isso não é capaz de amar como Deus.

E é pedir demais querer que um ser humano

Ame tanto.

Ninguém é capaz

De amar tanto e permanecer vivo.

O mundo não aceitará.

Porque o sacrificará.

O homem por melhor que seja,

Jamais amará e entenderá outro ser humano como Deus o ama.

Desista, homem mortal, de fazê-lo.

Mesmo com toda a sua religiosidade, com seus preceitos, com suas leis,

Jamais se comparará ao Deus que ama em todo tempo.

E que em todo tempo tem prazer em ser bom.

Cálamo

de Poesia

30 de agosto de 2015

Cálamo de Poesia
Enviado por Cálamo de Poesia em 01/09/2015
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