ALMA EM DOR!

Pobre alma que a penar vagueia

Nos cantos escuros da tristeza!

Cega, não vê a Luz que a clareia.

Surda, não houve o canto que a rodeia.

Rumo incerto. Risco certo pra quem, sedento,

Busca água no deserto sem saber

Que seus próprios ais lhe confiscam,

Sem dó, o direito da paz!

A correnteza que chega de mansinho

Na tentativa cruel de lhe arrastar

Nem tanto espera e, logo ela se vai

Qual passarinho que perdeu seu ninho

E de novo busca onde se aninhar!

Pobre alma que a insistir

Refém se faz do seu gemer!

Liberte- se! Refém se faça, sim,

Do Amor que a assedia

E por você, sem se queixar,

Prisioneiro da Cruz se Fez um dia!

Absolutamente DELE!

MAria Muller. (Creusa) (2013)

Absolutamente DELE
Enviado por Absolutamente DELE em 19/06/2016
Reeditado em 27/09/2020
Código do texto: T5672091
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