A rosa nervosa

A rosa nervosa

Ao lado de um lago

Havia um jardim

E, nele, uma rosa

Que olhava p´ra mim

Ela era amarela

E bela, de fato

Sorri, dei bom-dia

Mas que insensato

A rosa, nervosa

Ficando vermelha

Lançou-me os espinhos

Furou-me a orelha

Mirava meus olhos

Então os fechei

Cobri-os com as mãos

Depois me afastei

Nunca antes notara

A rosa amarela

Mas, ruborizada

Tornou-se tão bela!

A rosa nervosa

Nem sonho em colhê-la

Mas como é charmosa!

Mais quando vermelha

(Djalma Silveira)