PERIGO COM PIPAS

Costumava soltar pipas,

como qualquer menininho,

mais nas férias escolares.

– Até aí, bem, Juninho!...

Pipas normais, sem cerol,

que ainda não conhecia

este perigo tão sério.

– Foi daí que, certo dia...

Uma vez, modernizou-se,

para ser como os amigos,

pondo-lhe cerol na arraia.

– Ah, ‘companhias’, perigos!

Antes, juntou dinheirinho,

que cerol tem vidro e cola,

sem contar papel e linha.

– Brincar, lá pensar na escola!

Aconteceu que Juninho

pôs cerol de mais na pipa,

para derrubar rivais.

– Arma!.. De vidro mais rica!

Jamais pensava a criança

na tragédia que seria

a navalha do cerol!...

– E aconteceu, certo dia...

Um motoqueiro que andava

pelo bairro de Juninho

foi – sinistro! – degolado.

– Ó guris, cerol de lado!...

Mas não é só o cerol...

Rede elétrica também.

Subir num poste é fatal.

– Pipas, sim, tragédias sem!

Fort., 13/07/2009.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 13/07/2009
Reeditado em 13/07/2009
Código do texto: T1696826
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.