Abriu-se o verso, abriu-se a voz

Véra Lúcia de Campos Maggioni®

Vera&Poesia®

Abriu-se o verso, abriu-se a voz,

Assim o dia, o raiar do Sol,

A flor que se fez azul anzol

A pescar o aroma dum rouxinol.

Abriu-se o verso, abriu-se a voz,

Assim acordou o tempo e a criança,

Que faz barquinhos de papel

Navegando o dia pelo algodão do céu.

Abriu-se o verso, abriu-se a voz,

Assim o mundo - também o girassol,

Que brilha, brilha mesmo sem ser Sol,

Gira, gira acompanhando o arrebol.

Abriu-se o verso, abriu-se a voz,

Assim como a noite a minguante Lua -

Lua que na estatura ficou desigual,

Porque à noite não há nada igual.

Abriu-se o verso, abriu-se a voz,

Assim o gesto, o gosto do café forte,

Mão amiga, abraço, a vida e a morte -

Num dia branco ou de vento norte.

Abriu-se o céu, abriu-se o mar,

Assim o verso, assim a voz,

O doce canto e o verbo amar,

Nas estrelas o Verbo e o cintilar.

Abriu-se o verso, abriu-se a voz,

Assim compaixão, esperança e paz

De mãos reunidas com fé e amor,

O canto do bem-te-vi em esplendor.

Abriu-se o verso, abriu-se a voz

Bem como a vida nova - a trova gloriosa,

Toda criança gosta de uma bela estória,

De beijo, cor, amparo e fruta saborosa.

Abriu-se o verso, abriu-se a vez...

Véra Lúcia de Campos Maggioni®

Vera&Poesia®

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Setembro de 2009

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12/10/2014

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Véra Maggioni

Véra Maggioni
Enviado por Véra Maggioni em 09/04/2010
Reeditado em 12/10/2014
Código do texto: T2187188
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