Julho

É julho.

São férias.

Ventania presente.

Secura no ar.

No céu, pipas e papagaios.

Nas ruas,

Nos quintais,

Nos campos,

No subúrbio,

Meninada alvoroçada.

É raia voando.

É linha esticada.

É cerol cortando.

São gritos.

É correria de criança.

Na mente do escrevente

o tempo feito pente

que é que foi,

que volta.

Caminho percorrido

duas vezes:

experiência e lembrança

da infância passada,

do papel – de – seda rasgado,

da vareta quebrada,

do grude mofado.

É tempo, que no tempo

Se diluiu e se desfez,

Que vai e vem,

Que foi e é.

É julho novamente!

L.L. Bcena, 23/07/2000

POEMA 689 – CADERNO DOS ANJOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 06/01/2012
Código do texto: T3426094
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