"POESIAS DE BRINCAR" - Chicotinho Queimado

Um lugar era escolhido

Para ser a nossa “mancha”

Um tipo de embaixada

Onde ninguém podia ser apanhado

Um galho era escondido

Com muita astúcia e cuidado

Onde o nosso chicotinho

Ficasse bem camuflado

Quando se ouvia o grito:

-Tá valendo!

Corria-se desesperado

Entre o “tá quente” ou “tá frio”

Para encontrar o danado

Pois se não fosse encontrado

Poderia ser açoitado

Pelo que o tinha achado

Até chegar lá na “mancha”

Onde estaria guardado

Passados os gritos e os açoites

Todos ofegantes e suados

Era hora de esconder o chicote

E dessa vez ter mais cuidado

Porque esse negócio de apanhar

Nem em brincadeira

De chicotinho queimado!

in "Poesias de Brincar"