A hora incerta

No canto da sala

esquecido,

o velho relógio parou...

Sem entusiasmo aparente,

os ponteiros tornam-se oscilantes,

como quem perde o fôlego...

A escada mal iluminada

deseja chegar

ao corredor que leva

à varanda...

Falta o tic-tac

para que se oriente.

Lá fora, no lento espirro do vento,

uma nuvem solitária

vaga, desanimada...

Uma hora que não se conhece

ao certo seu destino...

e poucas folhas caem

de árvores caducas.

São Paulo, 18 de fevereiro de 2013.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 21/02/2013
Código do texto: T4152336
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