A hora incerta
No canto da sala
esquecido,
o velho relógio parou...
Sem entusiasmo aparente,
os ponteiros tornam-se oscilantes,
como quem perde o fôlego...
A escada mal iluminada
deseja chegar
ao corredor que leva
à varanda...
Falta o tic-tac
para que se oriente.
Lá fora, no lento espirro do vento,
uma nuvem solitária
vaga, desanimada...
Uma hora que não se conhece
ao certo seu destino...
e poucas folhas caem
de árvores caducas.
São Paulo, 18 de fevereiro de 2013.