Oh! meu doce pé de abacate.!
oh! meu abacateiro de mim..!
silencioso fruto de minha arte..
que nasceu em meu jardim..

oh! meu doce pé de abacate..!
virou grande...virou gigante..!
doce fruto de minhas tardes..
que varou meus horizontes..

oh! meu doce pé de abacate..!
cresceu tanto,e no entanto..
faz de mim, o seu louco vate..
e a sombra do meu encanto..!

oh! suculentos e doces abacates..
que um dia matou a minha fome..
e agora, inspira as minhas tardes
e teima em gritar o meu nome...!

oh! meu doce pé de abacate..!
cresceu tanto,e virou arteiro..
e faz de mim,seu louco vate
na solidão do meu terreiro...

eis agora, alimento suculento..
eis agora, quase o ano inteiro
alimento do tempo e do vento
dos pássaros e do meu tormento..!

oh! meu doce pé de abacate..!
virou grande, e virou companheiro..
e no final de minha pobre arte..
abriga belo gavião-carrapateiro..!

oh! suculentos e doces abacates..
-meus doces frutos de minha arte..!
doces frutos de nossas tardes..!
faz de mim, seu eterno e louco vate..!

09/08/2013
Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 09/08/2013
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