CRYSTÁLIDA
Crystálida,a terra onde nasci
Assombra o saci
Franzindo careta
Dia e noite atenta
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Da bruxa,nem se fala
Tal cobra venenosa
Semeando abóboras
Pisoteando nas rosas
. . .
Sem contar do grilo falante
Que monta no elefante
Pesado como um barril
De tanto quebrar amendoim
Com seus dentes de marfim
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E o morro de açúcar então
Que as formigas fazem no chão
E os xaropes dos esquilos
Que filam nozes aos quilos
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Melhor ainda são os papagaios
Paparicando pelos galhos
Que nunca calam o bico
Nem a troco de pirulito
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Crystálida,a terra onde nasci
Passei meus tempos de guri
Agora ganhou outro nome,
A terra do lobisomem
Depois que cortaram todas as árvores
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Por isso me mudei prá cidade
Onde ainda tem pirata de verdade
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