A BRUXA RELÂMPAGO

Voando em zigue zague

Ia uma bruxa na tempestade

Cavalgando num camboim

Descarregando relâmpago sem fim

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As gadeias espaventadas

Como espagueti estaqueadas

Largava pingos de fogo

Ribombando estrondo

Pelo céu nebuloso

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Urrava o trovão

Feito tosse de dragão

A bruxa rastilhava um risco

Com as faíscas do corisco

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Transpassou o arco-íris como um raio

Atravessando de cabo a rabo

Misturando as nuvens com o bastão

Feito espumas de sabão

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E ia largando brasa

Na bengala alada

De longe fulgurava

Como ouro irradiava

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E se foi num triz

Luzindo um blitz

E o céu caíu em pranto

Obra da bruxa do relâmpago

E choveu aos cântaros

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Esse conto conta o sapo do pântano

Metido a pai de santo.

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 31/03/2015
Reeditado em 31/03/2015
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