Menino

- Cai, cai menino! Gritava a professorinha, e o Jesus pequenino nada.

A cruz de isopor, e as sandálias de papelão do calvário da pressa.

- Rex, Rex! Bradava o corinho das meninas magrelas em polvorosa.

- Soldado mal batendo nele! Surra, surra com chicotes de papel crepom.

Seis centuriões pequenos e cabeçudos, uma cruz, um lamento, um menino do jardim II.

Meu pequenino que se foi, morto no sofrer, dor frente à sala da quarta série.

Surgiu grandioso em três dias, que foram menos de cinco minutos, após o choro das meninas com véu.

E todos se encantaram, e o choro acabou, e mais uma vez a história foi contada de forma mágica e menos trágica do que aconteceu. Mas, cada dia mais viva e forte!

Natal
Enviado por Natal em 21/06/2007
Reeditado em 25/06/2007
Código do texto: T536122
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