Menino
- Cai, cai menino! Gritava a professorinha, e o Jesus pequenino nada.
A cruz de isopor, e as sandálias de papelão do calvário da pressa.
- Rex, Rex! Bradava o corinho das meninas magrelas em polvorosa.
- Soldado mal batendo nele! Surra, surra com chicotes de papel crepom.
Seis centuriões pequenos e cabeçudos, uma cruz, um lamento, um menino do jardim II.
Meu pequenino que se foi, morto no sofrer, dor frente à sala da quarta série.
Surgiu grandioso em três dias, que foram menos de cinco minutos, após o choro das meninas com véu.
E todos se encantaram, e o choro acabou, e mais uma vez a história foi contada de forma mágica e menos trágica do que aconteceu. Mas, cada dia mais viva e forte!