POLEGAR

Maria me disse um dia

que tinha um pequeno polegar,

que fazia para lá e para cá,

que não tinha unha,sei lá!

Com ele sabia se ia ou vinha.

Como fazia isso?Juro não entendia.

Dizia que era mágico,

que só os palhaços de circo faziam.

Aventureiro polegar travesso,

que reinou discórdia por muito tempo,

entre os dedos da mão,

dizia seus irmãos.

Com mordomia e alegria,

esse dedo fazia e fazia,

tantas coisas que, às vezes, Maria desistia

de assistí-lo e dormia.

Dedo esquisito e trapalhão.

No entanto,Maria o achava lindo.

Querendo ou não,todo mundo tinha,

mas aquele era diferente,tinha até um arranhão.

Que engraçado! Diziam todos.

Até que um dia,pobre Maria,

descobriu que seu amigo estava doente,

então,decidiu abrigá-lo.

Num velho trapo enrolou-o.

Numa grande tristeza olhou-o.

E sempre lhe dizia:

- Se recupere amigão!

Muito tempo se passou

e o dedo enrolado na mão.

Até que um dia,o pano se desenrolou.

Estava de volta,o velho amigão!

Todos voltaram a rir.

Mulheres,homens e crianças.

Maria voltou a ser feliz

para contar a mesma história de seu amigo da mão.