GAVETAS

Hoje, limpando minhas gavetas, joguei tanta coisa fora...

Joguei fora coisas que guardei por anos,

cartas e rascunhos amarelados pelo tempo,

retalhos de histórias engavetadas no esquecimento.

Joguei lembranças caducas de casos perdidos,

joguei no lixo um monte de tranqueiras que só serviam pra mim...

Mas entre tantos trecos, papeis e poeira,

algumas coisas eu só limpei e guardei outra vez:

palavras escritas em cartões, outras em guardanapos,

bens com cara de refugo, tranqueiras que ainda servem pra mim...

São fragmentos de um passado que não sarou,

coisas que guardei, restos que você deixou;

são pedaços de mim que continuarei guardando em gavetas,

são pedaços de você que continuará pra sempre

guardada dentro de mim.

Samuel da Costa
Enviado por Samuel da Costa em 23/01/2006
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