LÁGRIMAS NA FAVELA

Desci de um trem da CPTM

Subi uma longa escadaria

Toda pintada de amarelo-creme

E fui sair numa outra portaria.

Entrei por uma passarela

Estreita, tortuosa e elevada,

Passei por uma pequena cancela

E desci degraus de outra longa escada.

Cheguei numa favela pobre, empoeirada,

Inúmeros barracos em ruínas,

Solares de famílias desprezadas

E crianças carentes pequeninas.

Jovens, adultos e idosos mal tratados,

Olhares perdidos e distantes,

São filhos de Deus, ignorados,

Pelos homens poderosos e governantes.

Apesar de tudo, uma humilde favela,

É uma comunidade nobre, digna e bela,

Onde eu também já morei...

Hoje estou sentindo uma saudade-emoção

Fazer vibrar-me a alma e o coração!

Ah! Então eu chorei...

ToninhoFerreira

POEMA INÉDITO

Toninho Ferreira
Enviado por Toninho Ferreira em 06/07/2008
Reeditado em 06/07/2008
Código do texto: T1067979
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.