LÁGRIMAS NA FAVELA
Desci de um trem da CPTM
Subi uma longa escadaria
Toda pintada de amarelo-creme
E fui sair numa outra portaria.
Entrei por uma passarela
Estreita, tortuosa e elevada,
Passei por uma pequena cancela
E desci degraus de outra longa escada.
Cheguei numa favela pobre, empoeirada,
Inúmeros barracos em ruínas,
Solares de famílias desprezadas
E crianças carentes pequeninas.
Jovens, adultos e idosos mal tratados,
Olhares perdidos e distantes,
São filhos de Deus, ignorados,
Pelos homens poderosos e governantes.
Apesar de tudo, uma humilde favela,
É uma comunidade nobre, digna e bela,
Onde eu também já morei...
Hoje estou sentindo uma saudade-emoção
Fazer vibrar-me a alma e o coração!
Ah! Então eu chorei...
ToninhoFerreira
POEMA INÉDITO