Palco de Ilusões

A farsa mais bem escrita

Pela mais bela atriz encenada

Conta-se de uma vida

Da boa menina, inanimada

Fantoche dos mais espertos

Fácil de iludir, ingênua menina em flor

Coração ora árido, deserto

Ora transbordando de amor

E na máscara agradável

Um a um ia contentando

E seu ego miserável

Pouco a pouco se dissipando

À terceiros ia toda energia

E mesmo assim, a tratavam com açoite

Os sorrisos enferrujados do dia

Eram as mesmas lagrimas que caiam a noite

E num colapso existencial

Viu recém chegada a hora

De por fim nesse inferno material

Viver uma vida própria

E já não têm mais a pureza

Do Palco das Ilusões ela desceu

E mesmo nessa vida de incerteza

Luz que precisava ascendeu!

Mascaras dos outros atores também caíram

E suas fantasias fora enterradas com remorso e dor

Viraram cinzas misturadas a terra,

E dessa poeira nasceu a Verdadeira Flor

Poetisaflor
Enviado por Poetisaflor em 11/03/2009
Código do texto: T1480844
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