Bebida

Vinho,

Doce vinho,

Na boca o sabor,

Na garganta o odor,

A pureza da inocência,

Que vem na névoa dos pensamentos,

Nos sonhos distantes,

Vê-se com uma amante.

Que balança seu corpo,

Em um cantarolar sem falsetes,

Num tilintar de copos,

Onde o momento insondável,

É mais que uma espera sem brilho,

É mais que um distante sorriso,

É um mar de arrepios.

Onde a sede de um ventre,

Âmago das dores,

Desfaz-se nos sabores,

Do que desce no esôfago,

Destilado no estômago,

Nos poros é breve,

Mas não desfaz o momento,

Da fadiga ao êxtase,

De um amor em pensamento.

Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 15/04/2009
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