Tão bela flor

Tão bela flor,

Que no mar de lama se ergue,

Deslumbrando os olhares incrédulos desta possibilidade,

Seu perfume destoa do odor que envolve seu lar;

Na lama permanece,

Solitária flor,

Sem amor.

No cacto uma flor,

Envolta de espinhos cresce,

Embeleza um mundo que a esquece,

Pequena flor.

Menino sapeca,

Filho da sociedade,

Que não o acolhe,

Menino chora,

Não demora,

Devora a mão que não o alimenta.

Afunda-se na lama, flor,

Sucumbe a dor e espinhos,

Transforma-se menino em planta daninha,

Seu pior inimigo.

Antonio C Almeida
Enviado por Antonio C Almeida em 29/04/2009
Reeditado em 01/05/2009
Código do texto: T1566541
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