Feridas da Alma
Urge dentro do meu ser a moléstia do passado
Encroada na derme já eternecida pela meia idade
Procuro no escuro minha vaidade já um tanto cansada
Pelas dores no peito esfalecido,porém não emudecido.
Retrospectar as experiências vividas e muitas vezes mal resolvidas,
Mas que deixou o olfato da plenitude da realidade
De um ser que aprendeu com a dor o sentido do prazer
Nos pequenos lhames intrínsecos do ser.
O coração endurecido por vezes grita a agonia de viver
De simplesmente ser e não querer ter,
E sem menos esperar encontra a verdadeira Felicidade dos pobres mortais, que ainda urge na ânsia de encontrar, o que tão perto de sí está.
Emoldure o passado
Decore o presente
O que passou é passado
O que restou é a gente!