MAR HOSTIL
O mar açoita a terra
que geme a sua dor.
Cavalga irritado sobre os rochedos,
solapa as distâncias e os vendavais.
Mar no inverno da vida, às vezes fervoroso,
outras tantas hostil.
Povoa as entranhas dos sentimentos
encrespa as costas ao bramir.
Mar turvado... lembro em mim
tua presença viril,
ao despedaçar com tua gargalhada
planos e projetos de quem te viu.
São Paulo, 14 de julho de 2009.