Lembranças do bar de ontem
Mais uma vez acordei cedo... do bar de ontem, sobrou vaga lembrança... o vinho tinto servido era seco, e embriagado fui à dança.
Dancei com várias freqüentadoras... de uma delas, fiquei com o perfume, essência quase inodora, só pra tentar te causar ciúme.
Num espaço escuro, amplo e reservado, figuravam rosas e belo lampião... e o poeta já pelo vinho extravasado, cobiçava aquele quadro com ardida paixão.
As rosas perfumadas de cores variadas, com proximidade de belos seios... deixavam-lhes as faces avermelhadas, pelas fantasias que liberavam anseios.
Rosas mulheres inebriantes, chuvas de verão provocantes que excitavam no poeta forte sentimento... e ele louco, excitado, com movimentos bem cadenciados era supliciado pela emoção daquele momento.