Vidas Passadas

Sinto em minhas veias,

Correr passagens de muitas cosas buenas,

Sei que dentro de mim há uma pessoa,

Da qual até eu mesmo desconheço.

Passo por lugares e sinto que os conheço,

Não sei de onde é,

Desconheço, não entendo,

Será que sou insano?

Os lugares são sempre os mesmos,

O banquinho, a caixinha e o pequeno arvoredo,

Sinto que já estive aqui antes,

Sinto que o conheço de algum lugar,

Não me recordo,

Estou confuso,

Tento, mas não consigo recordar.

Venero minhas decisões,

Contudo quero entender o porquê me sentir assim,

Acho que em outra vida vivi aqui,

Nesta mesma estrada sem fim.

Posso não estar certo,

Mas e se eu estiver?

E se eu for mesmo fruto de outra vida,

Uma vida vivida em algum tempo antes de mim.

Seria certo revelar, os fatos que me precedem,

Seria certo entender, estas marcas que me veneram.

Agora sim posso entender,

Não tenho mais nenhuma dúvida,

Aos poucos em minha mente reluz algo desconhecido.

Sinto que não preciso ter mais medo,

Sinto que agora me conheço,

Não preciso mais buscar o desconhecido,

Para buscar o que preciso.

Olho para o banco, para a caixinha e para o arvoredo,

Sinto que sempre fiquei aqui,

Deitado em cima do banco segurando uma caixinha de memórias que se perdeu entre o tempo.

Vidas passadas existem,

Somos reencarnações de algo do passado,

Porque se não fosse verdade,

Para onde caminhariam as almas das pessoas mortas.

Acredito em tudo o que vejo,

Acredito que há um purgatório,

Onde almas são julgadas,

Onde pessoas são julgadas,

E que poderão saber se terão a vida ou as suas vidas cruzadas.

Agora sim posso me sentar,

Sem ter medo de recomeçar,

Minha vida passada me transmite,

Uma sensação de bem-estar.

Deito-me neste banco,

Sinto o cheiro do arvoredo,

Abraço esta caixinha de memória,

Como uma doce e simplória companhia.

Well Rianc
Enviado por Well Rianc em 04/09/2009
Reeditado em 04/09/2009
Código do texto: T1792013
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