Fluir

Cravo no peito o destino

De ser um pobre menino

Já falava a poesia

Gritava em mim a agonia!

Trago da vida os segredos

Dos mares o degredo

Da minha terra querida

Da minha alma partida

Será doce morrer no mar?

Buscar dele as vagas?

Abandonar as plagas?

Sem poder me embriagar?

Vilipendiar os astros

Deixar no mundo rastros

Libertar-me das ironias

Escrever tal poesia...

Ilumino, grito, escuto.

Combato, sou rato

do meu ser astuto

e não deixo barato!

Do mato, do jato, do regato

Um gato, um mulato, pacato

Fluir é fato!

E esse, não nego!

Julia Rocha 26/01/2010

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 27/01/2010
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