Tempos Passados

Chega a noite e vem a lua

Me falar do que já sei,

Me lembrar do quanto amei,

Me contar coisas passadas

Que ficaram na estrada

E que não mais encontrei.

E recordo minha infância

E amores fulminantes

Que no tempo, tão distantes,

Ficaram na ilusão

De um triste coração

Que já não ama como antes.

Daí, me bate uma saudade

Das ilusórias amarguras

Das antigas desventuras,

Que em minha vida, já passadas,

Nunca foram reencontradas,

Nem transpostas nas loucuras.

Quanto mais tempo recordo,

Mais ainda sinto doer

Meu peito e sem perceber

Me faço, outra vez, criança

E me encho de esperanças

De feliz, como outrora, ser!

Eduardo Costa
Enviado por Eduardo Costa em 31/07/2006
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