Mayara, minha boneca de lã

Lembro, ainda, de quando

Você tão pequenina,

Somente uma menina

E eu a te embalar.

Você era só vida,

Era doce, alegre

E hoje o tempo me serve,

Somente prá lembrar.

Hoje dói no meu peito

A memória de um sonho

Que em versos componho

Prá lembrar-me de ti.

Você era só vida,

Mas o morte sombria,

Sem saber que havia,

Levou-te de mim.

Eu não sabia o quanto,

Em meu peito, doía

A saudade de um dia

Eu contigo brincar,

Pois não consigo esquecer

Esse meu sentimento

E só no pensamento

Ainda posso te olhar.

Lembro você tão sapeca,

Tão reluzente e bonita,

Lembro até das feridas

Que ao brincar me deixou,

Lembro teu olhar tão singelo,

Da tua simples beleza,

Daquela criança indefesa,

Mas só a lembrança ficou.

Hoje insisto em guardar

Em minha mente as lembranças,

Minha tola esperança

De te ver no amanhã.

Nunca vou te esquecer,

Trago em mim tua lembrança,

Mayara, minha criança,

Minha boneca de lã!

Eduardo Costa
Enviado por Eduardo Costa em 02/09/2006
Código do texto: T231056