E o palhaço chorou
Onde estará aquela menina!
Que com um sorriso lindo
Saudava-me
De sua janela.
Onde andarás!
Somos escravos do tempo,
E, é preciso viver cada momento,
Pois, nem a menina e nem o tempo
Voltará.
Das flores de seu jardim,
Apenas ficou um mar de saudade.
Das domingueiras,
O vazio das belas tardes.
Seu sorriso encantador,
Seus beijos embaixo dos laranjais.
De todos os sonhos,
Nada ficou.
A janela, o tempo fechou.
Apagaram as luzes,
E o palhaço, sem a platéia chorou.
E por caminhos diversos,
A estrada da vida nos levou.
Fecharam as cortinas
E no silêncio
O aprendiz de poeta
Chorou.