INFÂNCIA

Que doce saudade sinto

Da aurora de minha vida

Tempo que brincava radiante

Pelos ruas e quintais

Tempo gostoso e distante

Que sei que não voltam mais

Pensava que o mundo era meu

E que tudo era pra sempre

Pensava em ser cigana

Garota elástica de circo mambembe

Voava pulando no colchão

Só bastava imaginar e soltar a imaginação

Como gostaria de poder voltar

Nem que fosse por um dia

aos meus seis anos e me banhar

no rio largo que era a minha alegria

Brincar apenas de calcinha

No terreiro da minha casa,

Com meus amigos queridos.

Pular amarelinha, brincar de pega-pega

Fingir que sou a noiva mais bonita que se viu

Andar descalça na chuva

E chegar em casa pelos fundos

Pra não levar aquela sova

E fingir que era adulta...

...Que pena, me tornei adulta!

Juciara Brito
Enviado por Juciara Brito em 25/10/2010
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