SENTADO NA CADEIRA

Sentado na cadeira eu vejo a meia porta aberta as arvores da praça

Verdes e graciosas a balançar com o vento

Ouço vozes de pessoas, que conversam alegremente

As gotas d'água a derramar do vaso me perturbam

Será que "Nó Cego" estarás a escrever neste momento em Itabuna?

Impossível saber agora

As formigas andam desordenadamente sobre à mesa atraindo a minha visão

Os besouros que outrora pulavam na luz a me chatear, agora estão mortos, dilacerados pelo sol forte da tarde, que não deu para aguentar

Sentado na cadeira percebo que a inspiração desta noite terminou, e assim como às arvores param de balançar, às vozes param de soar e as formigas de caminhar... eu paro de escrever.

L.M.J.

12/10/1998

Leandro Martins de Jesus
Enviado por Leandro Martins de Jesus em 21/10/2006
Reeditado em 21/10/2006
Código do texto: T269931
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