As mãos das mulheres...

Estas dádivas maravilhosas que compõem a Vida e expressam em gestos as belezas do amor.

Mãos que são, natural e eternamente, mães!

São as primeiras a nos acolher, nos socorrer e a nos alimentar.

A limpar nossos corpos e as nossas lágrimas enxugar.

Oh, mãos benditas!

Que guiaram meus primeiros passos, que me ampararam nas quedas e curaram as minhas primeiras feridas.

Oh, mãos lindas, que me ergueram nos braços.

Que me tomaram em seu colo, me elevaram para o alto e me fizeram contemplar o futuro na busca de novos espaços.

Mãos que purificaram meu corpo e doutrinaram minha alma, sempre com firmeza, mas em forma de carinhos e suaves abraços.

Mãos macias, que acariciaram meu rosto, afagaram meus cabelos e embalaram meus sonhos.

Mãos que perto da família me seguraram, mas com olhos no futuro, também, para a frente me impulsionaram.

Mas que, também, me bateram no corpo, quando fiz as primeiras má-criações. E que, muitas vezes, me arrancaram lágrimas, mas me ensinaram as grandes lições!

Oh, mãos perfumadas, de pele suave, que as minhas se juntaram e, no afago, delicadamente as primeiras orações me ensinaram.

Mãos que fizeram nascer em minha alma a fé, pois comigo rezaram e, em gestos mágicos, me inspiraram à crença, o respeito e a devoção.

Foram elas que me descreveram a esperança e me indicaram as formas da caridade e, entre os homens, à pratica da verdadeira ação.

Mãos maravilhosas, que muitas vezes me consolaram e, também, meu corpo curaram e me abençoaram.

Mãos que me puniram. Mas, também me perdoaram!

Mãos maestrinas, que suavemente me inspiraram.

Mãos, mãos... Que jamais me abandonaram e, sempre, o bom caminho me apontaram!

Mãos que me ampararam, mas que me empurraram para o percurso das mais belas histórias.

Mãos que beijei, nas súplicas das doces bênçãos, dos carinhos e apoios que solicitei.

Mãos que eu, também, acariciei.

Mas que um dia, com dor no coração, precisei os dedos entrelaçar para, finalmente, cruzá-las sobre o peito na derradeira despedida da última partida.

Porém, que ainda sinto no rosto, nos dias de desalentos e nas tardes frias de dores sofridas.

Mãos maravilhosas que, nas noites de sonhos, ainda seguram as minhas e me guiam pelos belos caminhos da vida!

Mãos... Mãos, que por mim jamais serão esquecidas.

Jose Paulo Ferrari
Enviado por Jose Paulo Ferrari em 06/03/2011
Código do texto: T2831546
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