Poema ao 1º fio branco.

Poema ao 1º fio branco.

Esta manhã acordei leve, posso dizer, alegre.

Vesti a roupa que mais gosto, penteei o cabelo,

Então, nesse habitual ritmo, entrei em desespero!

Soltei um grito e... Admito, que quase chorei...

Ali, entre o marrom brilhante, ele, ofuscando os demais.

Como uma ilha despontando em meio ao oceano.

Trazendo alem do susto reflexões quase maternais.

O tão temível e mesmo precoce, o primeiro fio branco!

Surgiu-me hoje, aos vinte e um anos de idade, do nada!

Branco tal qual a manha que me acorda diário...

Remetendo à cruel definição que não tarda nesta vida.

A velhice se aproximando veloz qual carvalho...

Rir-se-á por certo quem agora me ler...

Pensando talvez... Tola... Estás na flor da idade!

Mas tal detalhe, porém é de imensa profundidade,

De que me importariam os dias se não os compreender?